quinta-feira, 5 de abril de 2012

Quinta-Feira Santa...



25/03/1937 . Quinta-Feira Santa. Durante a Santa Missa vi o Senhor, que me disse: Reclina a tua cabeça no Meu peito e descansa. - O Senhor estreitou-me ao Seu Coração e disse: Darei a Ti uma parcela da Minha Paixão, mas não tenhas medo e sê corajosa. Não procures alivio, mas aceita tudo com submissão à Minha vontade.

Quando Jesus se despedia de mim, uma dor tão grande oprimiu a minha alma que não é possível expressa-lo. As forças físicas me abandonaram, sai depressa da capela e fui me deitar. Perdi a noção do que estava ocorrendo em minha volta. A minha alma sentia saudade do Senhor, e toda a amargura do Seu Coração divino comunicou-se a mim. Isso durou umas três horas. Pedia ao Senhor que me defendesse do olhar dos que me cercavam. Embora quisesse, eu não podia ingerir alimento o dia todo, até à noite. Eu desejava ardentemente passar a noite toda no calabouço com Jesus. Rezei até as onze horas; às onze o Senhor me disse: Deita-te e descansa. Eu te dei a sofrer em três horas o que sofri a noite inteira. E, imediatamente, deite-me na cama. Forças físicas eu não tinha absolutamente; o sofrimento privou-me delas por completo. Durante todo esse tempo eu estava como que desfalecida, cada pulsar do Coração de Jesus refletia-se em meu coração e atravessava a minha alma. Se esses tormentos se relacionassem apenas comigo, eu teria sofrido menos, mas quando vejo que está sofrendo Aquele a quem meu coração ama com toda a sua força, e eu em nada O possa aliviar, o meu coração despedaça-se de amor e de amargura. Eu agonizava com Ele e não podia morrer; mas eu não trocaria esse martírio por todos os prazeres do mundo inteiro. Nesse sofrimento, o meu amor cresceu de modo inconcebível. Sei que o Senhor me sustentava com o Seu poder, porque de outra forma eu não aguentaria um momento sequer. Experimentei com Ele e, de maneira especial, todos os suplícios. O Mundo ainda ignora tudo que Jesus sofreu. Acompanhei-O no Jardim de Oliveiras, na calabouço e no julgamento no tribunal; estive com Ele em cada um dos Seus tormentos. Nenhum de Seus movimentos, nenhum olhar Seu me passou despercebido. E conheci todo o poder do Seu amor e da Sua misericórdia para com as almas.



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Diário de Irmã M. Faustina Kowalska
1053/ e 1054

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