sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Não desista de ir ao encontro de Deus...

Em determinado momento, vi multidões de pessoas em nossa capela, em frente dela e na rua, porque não cabiam nela. A capela estava solenemente ornamentada. Junto ao altar havia um grande número de religiosos; em seguida, as nossas Irmãs e muitas de outras congregações. Todos aguardavam a pessoa que devia tomar o seu lugar no atar. De repente, ouvi uma voz que me dizia que era eu quem devia ocupar esse lugar do altar. Mas logo que saí de casa, isto é, do corredor, para atravessar o pátio e ir a capela, atendendo a voz que me chamava, todas as pessoas começavam a atirar em mim o que podiam: lama, pedras, areia, vassouras - de modo que, a principio, hesitei, não sabendo se devia ir adianta. No entanto, aquela voz me chamava com mais força ainda e, apesar de tudo, comecei a andar corajosamente. Quando entrei na soleira da capela, as Superioras, as Irmãs e as educandas, e mesmo os meus pais, começaram a atingir-me com que o tinham á mão, de maneira que, quer quisesse quer não, tive que dirigir-me ao lugar que estava reservado para mim no altar. Logo que ocupei o lugar reservado, o mesmo povo, as educandas, as Irmãs, as Superioras e meus pais começaram a estender suas mãos para mim e pedir graças. Eu não estava zangada com eles por terem jogado contra mim todas aquelas coisas. Surpreendentemente, sentia de modo estranho um amor mais especial, justamente para com aquelas pessoas que me obrigaram a entrar mais depressa no lugar reservado. Naquele momento, a minha alma foi inundada de uma felicidade inconcebível e ouvi estas palavras: Faz o que te aprouver, distribui graças como quiseres, a quem e quando quiseres. Rapidamente, a visão desapareceu.



------------------------------------------------
Diário de Irmã M. Faustina Kowalska
31

Nenhum comentário:

Postar um comentário